sábado, 2 de novembro de 2013

Mascote deixa base aliada e critica governo


Angra dos Reis Insatisfeito e cansado de ter projetos que segundo ele, "não andavam", o vereador e presidente da Câmara de Angra dos Reis, Jorge Eduardo Mascote (PMDB), anunciou nesta semana a sua saída da base governista, e o apoio ao bloco de oposição ao governo da prefeita Conceição Rabha (PT). "Eu cansei, paciência tem limite, e eu fiz tudo que pude. Não dava mais para eu defender e estar ao lado de um partido que é muito bom como opositor, que sabe atirar pedras como ninguém, mas na hora de administrar não é tão bom assim", disparou. O anúncio da mudança de lado foi feito durante a sessão ordinária da última terça-feira, onde o parlamentar elencou os motivos que o levaram a tomar tal decisão, e declarou que, a partir de agora, a prefeitura encontrará na Casa Legislativa um opositor implacável. - Apresentei à prefeita diversas indicações e projeto, que muito contribuiriam com a melhoria da qualidade de vida em nosso município, gerando empregabilidade e benefícios para a população, mas nenhuma delas foi atendida, muitas delas por questões pessoais inclusive. E isso não dá mais. Respeitei os laços consanguíneos, pois a prefeita Conceição Rabha é minha tia, mas agora realmente cheguei ao meu limite. Além disso, eu não ia ficar preso por cargos que tenho na prefeitura. Penso e sempre pensei no bem-estar da população, e por isso vou sim, ser um opositor implacável, mas com críticas construtivas, para que o governo veja onde está errando e o que deve ser feito para melhorar - salientou o vereador. Ao ser questionado sobre qual é o sentimento depois do anúncio de se integrar à oposição, Mascote ressaltou que está tranquilo. - Estou mais do que sossegado agora, pois estarei totalmente livre para trabalhar. Há tempos eu não tinha uma boa noite de sono, como tive após minha decisão. Serei, a partir deste momento, um opositor implacável e propositivo, porque tenho compromisso com Angra dos Reis e quero uma cidade melhor para a nossa população - reforçou. Relação complicada Mascote disse que um dos motivos para anunciar a saída da base aliada, foi a quantidade de projetos, de sua autoria, que simplesmente foram interrompidos pelo governo. Ele destacou a construção da Usina Verde - que prevê a implantação de uma usina para resíduos sólidos, dando um destino final a eles -, a oferta de novos cursos no Cederj, e a criação da Arena Esportiva. O parlamentar também lembrou que o projeto de construção da Capela Mortuária para o Centro da cidade, assim como a Academia na Praça, que também seria instalada no Centro, pela Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (SUDERJ), foram outros não saíram do papel. - Por um capricho da prefeita, a Academia - cujo profissional de educação física e toda a sua estrutura seriam custeados pelo Estado -, não foi construída no local do extinto Restaurante Verde Mar, no Cais de Santa Luzia. Ela simplesmente quis mudar, e o prazo foi perdido. As obras já haviam sido iniciadas, e por capricho mesmo, ela quis montar em outro lugar e acabou não conseguindo. Eu fiz minha parte, mas o governo não ajudou - desabafou. O presidente da Câmara também ressaltou a instalação da fábrica de sardinha, que seria financiada por um grupo espanhol, mas também não se tornou realidade. - O município teria apenas que garantir um terreno para instalação da fábrica de sardinha. Isto garantiria mais emprego para as mulheres e filhas dos pescadores de nossa cidade, que é uma das maiores produtoras de sardinha do país. Temos que acabar com a rotina de recebermos nos gabinetes dos vereadores e na prefeitura pedidos para trabalhar. É nossa obrigação, como representantes do povo, colaborar com a oferta de novos postos de trabalho em nossa cidade. E a prefeitura nada fez - criticou. Mascote também comentou sobre a atual questão da saúde no município, que ainda gera muita reclamação por parte da população. - Visitei nesta semana, junto ao presidente da Comissão de Saúde, vereador Jairo Magno (PRB), o Pronto Socorro Municipal. E em todos os lugares por onde andamos, os funcionários nos pediam socorro, apresentando inúmeros problemas. Não dá para compactuar com essa situação - finalizou

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